23º Capítulo

- Fique calmo, senhor. Descobrimos que tem um pedaço de ferro na cabeça dela. Em uma área que pode tirar os movimentos do corpo dela.
- Como é?
- Fique calmo. Vai dar tudo certo. - o médico dizia tentando me acalmar. Tentativa falha.
- FICAR CALMO? COMO EU POSSO FICAR CALMO? MINHA PEQUENA CORRE O RISCO DE PERDER TODOS OS MOVIMENTOS E EU TENHO QUE FICAR CALMO? - eu disse, chorando de novo. Fernando estava sentado em uma cadeira que tinha lá, e chorava também, com as mãos no rosto.
- Nós vamos salvá-la, eu prometo. - ele disse. Eu apenas me virei e fui andando para fora. Me sentei na grama que tinha na frente da entrada do hospital e comecei a me lembrar dos bons momentos. Me lembrei de quando ela me disse "Eu te amo" pela primeira vez. Eu não podia perdê-la, não queria. Se ela fosse, eu também iria. Comecei a pensar em como seria viver sem ela, mesmo sabendo que eu não seria capaz. Imaginei o que faria se tivesse que a deixar ir, é claro que iria junto. Eu a escreveria uma carta...

"Minha pequena, eu havia te prometido que ficaria para sempre com você. E estou cumprindo minha promessa. Você se foi, e eu estou indo ao seu encontro. Sei que meus amigos e minha família vão sentir a minha falta. Minhas fãs, todos que me amam. Mas eu não serei capaz de viver nesse mundo se você não estiver nele. Eu sei que não deveria tê-la deixado sozinha um minuto sequer. Me culpo por isso todos os dias. Quando te encontrar vou te abraçar forte. E, acredite, nunca mais vou te deixar ir. Não vou te perder de novo. Me perdoa por toda dor que você sentiu. Estou pronto para sentir o mesmo e te reencontrar. Eu te amo. - Justin.
... E a deixaria a meu lado, enquanto minha morte chegasse bem de leve. Mas sabia que ela não iria, não agora. Eu estava chorando com meu rosto enterrado dentre meus joelhos até que senti alguém encostar a mão em meu ombro.
- Justin... - me virei para ver quem é e me levantei num pulo.
- Como ela está? - perguntei ao doutor.
- Já está se recuperando. Tiramos os pedaços da ferragem que estava dentro dela.
- Graças a Deus! - eu disse me ajoelhando e chorando mais.
- Ela vai ter que fazer fisioterapia devido ao ferro que entrou em sua coxa.
- Mas ela vai voltar a andar né?
- Vai sim. Ela so precisa ficar um tempo no hospital, em observação.
- Tudo bem.
- Quer ir vê-la?
- Quero sim. - eu respondi rápido. Fui andando devagar até o quarto onde ela tava. Meu coração acelerava mais a cada passo. Ela dormia como um anjo. Uma expressão feliz, sem dor. Pude ver que tiveram que raspar uma parte de seu lindo cabelo. Senti uma pontada, porque sabia o quanto ela amava aqueles cabelos castanhos lisos com cachos nas pontas.
- Ola princesa. - eu disse, mesmo sabendo que ela não iria responder. - Você vai sair daí logo, eu sei disso. - minha vontade era abraçá-la. Mas não queria machucar. Fiquei um tempo, apenas a olhando e pensando como seria a sua rotina daqui em diante. Cadeira de rodas, fisioterapia. E com certeza ela não sairia de casa sem algum tipo de chapéu. O doutor pediu que eu saísse e eu saí. Minha mãe me ligou e disse que eu precisava ir para casa. E eu realmente precisava, talvez tentar dormir um pouco. Peguei o carro e fui. Tomei um banho, e me deitei. Não conseguia parar de pensar nela. Mas me senti um pouco aliviado em saber que tudo correu bem. Enfim, consegui dormir. Acordei bem cedo, me arrumei, tomei um café rápido e fui para o hospital de novo. Cheguei lá e ela estava acordada.
- Bom dia meu amor.
- Bom dia. - ela respondeu com a voz um pouco fraca. Sua bochecha esquerda estava ralada, mas ela continuava linda como sempre.
- Como você tá?
- Acho que to bem rs. - ela disse dando um sorriso de leve.
- Nem precisava ter respondido essa minha pergunta boba rs.
- Não se preocupa. - ela disse, ficando calada logo depois. Eu a observava. Ela fechou os olhos com forças e quando abriu, uma lágrima escorreu.
- O que foi, princesa?
- Dói.
- Onde?
- Minha perna. Tá doendo muito. O que aconteceu com ela?
- Um ferro perfurou ela, mas vai ficar tudo bem ta?
- Ta. - ela respondeu fechando os olhos e sorrindo de leve. Eu podia ver a o dor em seu olhar. Meu coração doía. Como eu queria tirar toda dor dela e colocar em mim, só pra não vê-la sofrer.
- Príncipe.
- Sim?
- Você ainda me ama? Mesmo estando feia assim? Olha meu rosto, ta todo machucado. E meu cabelo, ta sem uma parte. Você continua me amando, desse jeito?
- Mas que pergunta mais boba. É claro que eu te amo e sempre vou te amar. Não importa como você esteja, continuará sendo minha princesa. A mais linda de todas.
- Eu também te amo. - ela sorria, um sorriso muito fraco. Nem a dor a impedia de sorrir. Ela era a garota mais forte que eu conhecia. Sorri e me sentei em uma cadeira que tinha do lado da cama. Deitei a minha cabeça na beirada da cama e ela ficou passando a mão no meu cabelo. Cochilei. [...] Uma semana se passou e eu ia no hospital para vê-la todos os dias. E ela estava se recuperando bem.

JUSTIN OFF

[...] Nunca tinha sentido tamanha dor. Eu podia ver, embaçado, médicos em volta de mim. Percebi que estava em uma sala de cirurgia e pensei "O que ta acontecendo?". Só me lembro de ouvir um médico dizer "O bisturi, por favor" e apaguei. Só fui acordar em uma outra sala. Deitada em uma cama. Uma enfermeira entrou e perguntou se eu queria ir ao banheiro. E tenho que confessar, eu precisava esvaziar a minha bexiga rs. Ela me colocou em uma cadeira de rodas.
- Fizeram uma cirurgia em mim, né?
- Sim.
- Faz quanto tempo?
- Uma semana. - eu nem havia percebido como o tempo tinha passado tão rápido. Cheguei ao banheiro e me olhei no espelho. Haviam ralados enormes em minha bochecha e eu estava sem um pedaço do meu cabelo. Meus olhos se encheram de lágrimas. Usei o banheiro e voltei para a cama. Dormi. Acordei só no outro dia. Justin tinha vindo me visitar [...]
Mais uma semana se passou e eu recebi alta. Graças a Deus, não aguentava mais ficar naquele hospital. Mesmo com o Justin indo me visitar todos os dias de manhã e de noite, era muito ruim. Eu estava de cadeira de rodas e usava uma toca. Teria que fazer fisioterapia porque um ferro tinha perfurado minha coxa e "corroído" meu osso. Justin me levava todos os dias e ficava lá comigo. [...] Tempos se passaram e meu cabelo começou a crescer, e eu estava feliz. Eu amava meu cabelo, mesmo ele nunca estando do jeito que eu queria. Os ralados da minha bochecha já tinham cicatrizado. Só a minha perna ainda me impedia de voltar a ser normal. Mesmo sem poder andar totalmente, eu estava feliz. Justin estava comigo e isso era o que me importava. Meu pai estava namorando firme com Laura. Estava tudo bem. Até que recebi uma mensagem.
"Não vou desistir até que você esteja morta."

continua :) amores meus. sei que a fanfic não está lá essas coisas, mas vocês podiam comentar né rsrsrsrs sério, eu escrevo com a maior inspiração pensando que vocês vão ler e comentar, mas ninguém comenta :c e muito obrigada as minhas leitoras fiéis que sempre comentam <333 espero que tenham gostado :) beijinhos s2

5 comentários:

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